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O que são Cidades Inteligentes?

UM NOVO CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO DOS MUNICÍPIOS

De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), em 30 anos seremos 10 bilhões de pessoas vivendo, em sua maioria, nas regiões urbanas, o que nos leva à seguinte reflexão: é possível melhorar a qualidade de vida com tanta gente dividindo o mesmo espaço, recursos naturais, serviços e produtos?

O conceito de Cidades Inteligentes (ou Smart Cities, em inglês) nasceu na década de 1990, em busca de um novo modelo de desenvolvimento das cidades. Nestas cidades, o planejamento urbano, a tecnologia e a conectividade são aliadas ao desenvolvimento sustentável, com mais inclusão e melhoria em áreas como mobilidade, segurança, saneamento, energia e outras.

Carta Brasileira para Cidades Inteligentes

Objetivos Estratégicos

O Ministério do Desenvolvimento Regional divulgou o texto da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, documento elaborado de modo colaborativo entre mais de 100 instituições. A carta conceitua Cidades Inteligentes e traz uma agenda para a transformação digital das cidades brasileiras à vista do desenvolvimento urbano sustentável. São 160 recomendações apoiadas em 8 objetivos estratégicos.

De acordo com o texto da Carta, Cidades Inteligentes “são cidades comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural, que atuam de forma planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias da informação e comunicação.”.

Exemplos de Cidades Inteligentes no Mundo

Existem diferentes rankings utilizados para avaliar a posição dos municípios como Cidades Inteligentes. Um deles é o Cities in Motion Index, do Centro de Globalización y Estrategia del IESE da Espanha, que avalia 50 indicadores em 10 áreas de “inteligência” de uma cidade. As áreas avaliadas pelo ranking são: tecnologia, governança, administração pública, planejamento urbano, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e a economia. Há muitos outros rankings, com as seguintes cidades sendo comumente por eles mencionadas:

Singapura (Malásia)

Em 2014, Singapura lançou a iniciativa Smart Nation, que visava a introduzir tecnologias inteligentes para aprimorar os setores público e privado. O pagamento sem contato (contactless payment, em inglês), viabilizado por meio de novas soluções tecnológicas, beneficiou quase 8 milhões de usuários do transporte público. Na área da saúde, as consultas por vídeo e o monitoramento de pacientes idosos por meio de Internet das Coisas (IoT) também evoluíram. Em 2021, o governo de Singapura anunciou a criação da ecocidade de Tengah, prometendo inovações focadas na redução da emissão de carbono na atmosfera, como um centro da cidade sem carros, além de refrigeração centralizada e coleta automatizada de lixo. A cidade terá 42 mil residências.

Foto: Projeto eco-cidade de Tengah

Zurique (Suíça)

Zurique é uma das cidades inteligentes que está na vanguarda da inovação. O projeto I (também conhecido como “luz de rua inteligente”), implantado na cidade, permite que uma área seja iluminada apenas quando absolutamente necessário. Ademais, os postes de luz permitem usos múltiplos, assim como a captura e o compartilhamento de informações, tais como o fornecimento de energia para carros elétricos, coleta de dados ambientais e medição de fluxo de tráfego. Estas infraestruturas também atuam como uma espécie de antena Wi-Fi pública, identificam vagas de estacionamento gratuitas e são capazes, ainda, de mostrar o quão cheio está um contêiner de lixo.

Este resultado foi possível porque em Zurique as empresas trabalharam em conjunto com fornecedores de energia, empresas de transporte e o próprio poder público municipal para lançar projetos-piloto, sempre visando à melhoria da qualidade de vida para os habitantes e no menor uso de recursos naturais.

Foto: Poste de luz fornece serviços e dados

Nova York (EUA)

Em 2020, Nova York recebeu centenas de sensores e tecnologias inteligentes em diferentes distritos, com o objetivo de testar um programa-piloto de Cidades Inteligentes. Tais recursos capturam e fornecem informações que ajudam no gerenciamento de serviços, tais como o de remoção de resíduos urbanos.

A cidade já havia sido eleita em 2017 uma Smart City pela IESE Center for Globalization and Strategy. Na época, por meio de uma plataforma interativa desenvolvida com uma empresa privada, as cabines telefônicas de antigos telefones públicos foram convertidas em espaços destinados ao acesso à Internet por toda a população. Também, cerca de 90 escolas da cidade receberam sensores com objetivo de facilitar o gerenciamento de tráfego nas regiões, destinadas a baixar a emissão de gases estufa e o trânsito.

Foto: Antigas cabines de telefones públicos agora com Wi-Fi e internet